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"Quando a Lua olhou a Flor com alma perfumada... R Montano
"Quando a Lua olhou a Flor com alma perfumada de esperana"s vezes, a vida se veste de noite s para ensinar a beleza da luz. E foi assim que aconteceu... A Lua estava l em cima, serena e inteira, mesmo sabendo que carregava em si apenas reflexos. Ela no se envergonhava disso. Era o reflexo que a fazia brilhar, e brilhar era o que ela sabia fazer de mais bonito.L embaixo, quase esquecida no silncio do mundo, uma Flor brotava. Era pequena, mas insistente. Tinha razes firmes e coragem no perfume. Havia passado por ventos e chuvas, mas naquela noite, decidiu apenas existir. Sem pressa, sem medo. Apenas existir.A Flor olhou para o cu, e por um instante, a Lua tambm a viu. No trocaram palavras, mas havia algo no silncio que se parecia com um abrao. A Lua lanou sua luz suave como quem toca sem ferir, e a Flor se abriu devagar, como quem confia mesmo sem promessas.Elas no se pertenciam, e ambas sabiam disso. Mas o que importa? H encontros que no precisam de eternidade, s de verdade. A Lua no podia descer ao jardim. A Flor jamais subiria ao cu. Mas naquela troca silenciosa, uma reconheceu a beleza da outra.E isso bastava.Naquele instante, no havia distncia, nem saudade. S um amor calmo, feito de aceitao e de presena. Um amor que no exige. Que no cobra. Que apenas .Porque no fundo, amar isso: encontrar beleza mesmo onde os caminhos no se tocam, e ainda assim, sentir que tudo valeu a pena.
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